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Reunião do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial



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Salvador, 15 e 16 de outubro de 2017

Iniciou a reunião neste momento e estão na mesa o reitor da UFBA João Carlos Sales, Paulo Costa que é assessor do reitor da UFBA e Emiliano José que representa o governo do Estado da Bahia.

Emiliano José, representante do Governo do Estado da Bahia– cumprimenta a todxs. Inicia sua fala dizendo que o petróleo foi um dos motivos do golpe contra a presidente Dilma. Após o golpe começaram a entregar a Petrobrás como todos sabemos. É uma ofensiva mundial, nesta fase de crise do capitalismo. Num passado não muito distante, quando ouvíamos falar de crise do capitalismo, dizíamos que o capitalismo acabou, mas o capitalismo vive de crises, isso não é novidade. A receita, podemos ver agora nesse momento, que é sempre aumentar e aumentar a exploração contra os trabalhadores. A Europa tem enfrentado isso, as medidas de repressão e retiradas de direitos na França, é um exemplo, mas é para mostrar que a receita do capitalismo para enfrentar a crise é a retirada de direitos do povo duramente conquistadas, como no caso Brasileiro, a retirada de direitos nos faz retroceder um século. Fomos para o inicio da república na retirada de direitos, na conquista de décadas, mas principalmente nas conquistas feitas no mandato dos presidentes Lula e Dilma.

O FSM tem uma proposta extraordinária, pois será uma voz de esperança. Pois vivemos um momento de ataque a um bem fundamental que é a esperança. Eles trabalham pra isso, para não só disseminar o medo, mas desestimular para que as populações desanimem e contam com isso com uma mídia que é obscenamente golpista. A mídia é parte indissociável de todos os golpes e fundamental para o golpe no Brasil.

O FSM é fundamental para recuperar a esperança em outro mundo possível. Para que os povos recuperem os sonhos e a esperança.

Há varias pautas, porém nesse momento, a luta política está no centro. Estamos convidados, porque ao capitalismo não interessa mais, a lutar pela democracia no mundo. Ao capitalismo a democracia não interessa mais. A trincheira fundamental em que estamos é a defesa da democracia no sentido mais substantivo, para o qual o capitalismo está se lixando. Somos nós, que no Brasil e no mundo, vamos levantar a voz nesse FSM para garantir a democracia no Brasil e no mundo.

Paulo Costa (assessor do reitor da UFBA)– Inicia sua fala dizendo que criar exige refazer as bases sob as quais nós nos apoiamos. Quando vamos ver o estudo sobre a criatividade é sempre muito individual, da era do romantismo, de entender o que é criatividade. A criatividade depende de ancoras e laços sociais. Depende do que cada um pensa, trama, sente e tece. Um exemplo é a construção do fórum, que depende de gestão, criatividade e política. Nós dependemos de soluções e da defesa da criatividade que é a defesa da liberdade. Em nome disso tudo os agradeço e os abraço.

João Carlos (Reitor da UFBA)– Cumprimenta a todxs dizendo que estão em casa e que a ocupação é feita por todxs nós. A universidade precisa ser ocupada pelos movimentos sociais e é com encantamento que oferecem esse espaço. Em março sobretudo esse espaço será gerido pelo FSM. A UFBA não é dona do espaço, e essa é a compreensão que temos do que é universidade. Algo maior que nós esta sendo atacado, que é a universidade publica. Fez memória do reitor Cancelier da UFSC, que suicidou-se no inicio desse mês. Esse reitor foi alvo de humilhação e impedido de entrar em contato com as pessoas da universidade. A história fez vitima alguém que naquele momento tinha condições ambíguas, mas representa um grande movimento que luta pela universidade publica acessível a todos e todas. Ao saudar disse que a universidade é por natureza o lugar de ampliação de direitos, ela que ao longo do tempo serviu por muito tempo a elites, ela abraça como uma parceira todos/as aqueles que procuram emancipação.

Hamouda, secretário do CI– Agradece a UFBA pela acolhida e lamenta a ausência da África nesse espaço. “Tínhamos um sonho em 2013 de organizar o fórum na Bahia, mas temos que por a mão na massa para que possamos sair com uma metodologia nova para irmos a frente. Precisamos colocar algo de extraordinário, envolver os jovens, pois é deles esse espaço também como direito, e se não trabalharmos juntos o fórum não irá alem. Precisamos discutir algo de novo e espero que vamos conseguir superar os problemas e conquistar algo de novo para o fórum.

Damian, ABONG/Brasil– estamos reunidos com pessoas que vieram de diversos estados do Brasil, da América Latina e do Mundo. São povos que estão expressando a sua luta em prol de um outro mundo possível. Temos a responsabilidade de construir o evento daqui a 5 meses. O mundo não está muito bem, está sendo captado pelo capitalismo que busca na crise novas formas de se reiventar. O planeta já esta dando sinais de profundas mudanças. o fundamentalismo estão se expandindo e ocupando espaços nas narrativas no mundo todo. O desmonte das políticas sociais. Amanhã é comemorado no mundo o dia internacional da alimentação e o Brasil corre o sério risco de voltar para o mapa da fome. O fórum não é de ninguém, mas é de todos e todas que se propõe a criar e transformar que acreditam que ocaminho da mudança passa pela ação convergente, no mínimo com pontes que retomam nossas lutas.

Nós somos todos e todas feridas mas podemos nos conectar através da ferida que nos alienou. Quando as feridas formam a cicatriz e esta cicatriz seja uma ponte pra nos conectar.

Teremos 3 momentos principais. Hoje e amanhã reunião do conselho internacional com um momento mais voltado para os membros do ci. A tarde uma oficina de metodologia. Nos dias 18 e 19 terá um seminário na UFBA, com uma plenária na parte da tarde sobre os processos de convergência. Os objetivos do evento é de aprofu

Membros do CI

Francine (Justiça Global/Bélgica), Liege Rocha (Fdim/CTB/UBM – Brasil), Raphael Cannet (Coletivo organizador FSM/Montreal), Carmina (México), Pierre (Cáritas Internacional/França), Mandela (Cáritas Internacional/Brasil), Hugo Braum (Attac/Alemanha), Mohammed (Saara Ocidental), Alaa Taibi (Forum de Direitos Sociais/Tunísia), Mauri Cruz (Abong/Brasil), Salete Alesan (Flasco/Brasil) Hamouda (Forum Marroquino/Marrocos), Rita Freire (Ciranda/Brasil), Nilza Iraci (Rede Afro latinoameriana), Michel Lamberd (Mexico),

Análise de conjuntura dos participantes:

Qual sentido o FSM dará para esse espaço de resistência e criação/inovação/transformação social?

Liege Rocha (Fdim/CTB/UBM – Brasil) -O FSM acontecerá em março e nós, nesse processo de preparação, viemos de uma realidade onde estamos vivemos há um ano de um golpe, midiático e institucional que teve influencia não só dos grandes capitalistas, mas da intervenção norte americana. Não se provou nada contra a presidente Dilma. Temos hoje um governo ilegítimo que tem rejeição de mais de 90% da população Brasileira e que tem feito milhares de ações que tem prejudicado o povo Brasileiro. Além de uma reforma trabalhista que atinge milhões de trabalhadores que joga no lixo a CLT, que reformaram mais de 100 itens dessa lei e agora estão ameaçando com a previdência. Esse governo tem entregue as riquezas de maneira vergonhosa. Fez uma licitação para a Petrobras onde só foi permitido a participação de empresas estrangeiras para a exploração do pré sal. Além das privatizações de portos e aeroportos, a última tentativa do governo foi de entregar parte da Amazônia com territórios indígenas e de grande riqueza natural, houve então uma reação mundial fazendo com que o governo voltasse atrás, até quando não sabemos.

A lava jato foi seletiva, que só atingia Lula e PT, que era uma forma de inviabilizar a eleição de Lula. Esses ataques continuam acontecendo, várias denuncias existem contra Temer, porém a maioria do congresso rejeitou e arquivou. Temos um congresso, desde 64, mais conservado e é esse congresso que apóia Temer. Já foi apresentada uma nova denuncia e não sabemos o que vai acontecer.

Queremos Direta Já, novas eleições, pois se ficarmos até 2018 não restará nada do país.

A mídia destilou um ódio na população de tal maneira que ao utilizar uma camisa vermelha a pessoa era agredida na rua. O ódio as religiões de matriz africana, a ponto de derrubar os templos, o ódio está exacerbado. Só resta a nós a mobilização. É preciso fortalecer as frentes existentes: A Frente Brasil Popular que é composta por partidos políticos e mais 100 organizações de movimentos sociais e a Frente Povo Sem Medo.

Importantes mobilizações aconteceram no 8 de março pelas mulheres, em abril uma greve geral e agora estamos num processo de enfrentar essa nova denuncia contra o Temer.

Gustavo Messiaah– Não é somente uma crise do capitalismo financeiro. o capitalismo sabe sair das crises e passa por essa fase da historia. Estamos numa crise mais profunda.

O FSM em Belém propôs formas de urgência em relação ao capitalismo financeiro e propôs uma forma de alternativa de transição ecológica. O FSM soube responder o que tinha sido colocado. Estamos num período de contra revolução, do racismo, discriminação e do crescimento das ideologias secundárias, isso nos lembra que as revoluções são curtas e as contra revoluções são longas. Estamos num período longo de contra revolução, mas que não anulam as revoluções. Aquilo que estoura numa revolução ressurge nas gerações que seguem. Nós vemos que de fato, em 1848 e a comuna de 1.870 prepararam a revolução de 1917.

Nascem muitas coisas novas contraditórias que criam violências por causa das resistências, vivemos com mudanças profundas que vão preparar as revoluções e que aqui levanto 5 que são fundamentais:

1.Revolução dos direitos das mulheres

2.Revolução dos direitos dos povos

3.Revolução ecológica, que é filosófica com o tempo do planeta acabado

4.Revolução digital

5.Revolução do povoamento do planeta (a crise migratória) uma nova etapa da humanidade.

Devemos reinventar o FSM, nós estamos numa redefinição da fase atual do capitalismo e desse ponto de vista, o FSM sucedeu a batalha contra a divida e os planos de ajustes.

Sergio (Italia)– Vou aprofundar mais o assunto da conjuntura dos migrantes. Não é só uma questão das migrações, mas de uma política global. Aproximadamente 30 mil migrantes morreram no Mediterrâneo nos últimos anos, esse trânsito de migrantes da África para o norte é em condições terríveis, os corredores de migrações fazem com que não se tenham meios legais, onde tudo fica nas mãos de organizações criminosas internacionais.

Faz com que o transito seja uma trajetória de um mês a vários anos, não estamos falamos de um verdadeiro trafico, mas existem milhões e milhões de migrantes e é muito difícil ter dados concretos. Estamos falando de mais de 10 milhões de africanos que estão transitando no mediterrâneo. Isto para dar uma idéia de que não se fala somente do fluxo migratório para a Europa, mas que existe dentro da áfrica e na Ásia, estamos falando de um fenômeno global que tem um numero de 220 milhões de migrantes.

A política européia não quer assumir o fato do fluxo migratório. A Europa só a fará se houver uma legalidade nos Estados membros da União Européia. Isso gera um negócio, na Itália, recebemos em torno de 250 mil pessoas por ano, aconteceu igual na Grécia para se ter acesso a Europa. Porém a política européia fez com que através de acordos bilitareis conseguiu-se interromper o fluxo na Grécia, isso sem o mínimo de respeito aos direitos humanos. Estão se fazendo acordos bilaterais na Tunísia e na Itália, não se sabe quais são esses acordos, são acordos velados e que tem como único objetivo: a união européia da o dinheiro a esses países para interromper o fluxo, esses acordos são feitos também com grupos armados, com aqueles que são traficantes de seres humanos. Ou seja, tem que impedir que essas pessoas passem, custe o que custar.

Resultado concreto é que existem 350 mil pessoas na Italia que são invisíveis, que vem da África e que não tem nenhum status que não querem reconhecê-las. De que forma isso tem a ver com o FSM?

Francine (Bélgica)– Concordo totalmente que estamos numa fase de contra revolução, tudo se manifesta em vários aspectos. Na Europa temos o sucesso extrema direita que é muito grande. Nos Países Baixos e na França conseguimos barrar. Vamos ver agora o que vai acontecer na Áustria, porém mesmo que a extrema direita perca as eleições ela não desaparece. Ela constitui uma força importante no seio da população. A Europa é o último continente a aplicar toda a política neoliberal, isto significa uma luta contra os sindicatos e contra as políticas sociais, com o apoio dos políticos da união européia.

Há movimentos de resistência cada dia mais forte, mas o grande problema em todos esses movimentos é a divisão no seio da esquerda, não consegue congregar-se e não tenho esperança para uma saída positiva.

Se o FSM quer ser um sucesso deve ser reinventado tal como foi dito, precisa estar consciente que temos problemas mundiais. O que nos falta é uma transversalidade, de ficar de acordo que esses movimentos trabalhem juntos, para tentar reunir essas diferentes redes, para ter no fórum uma única voz.

Abdel Kaher/ Marrocos– Precisamos de uma nova visão que diz respeito a como retomar o caminho que começamos desde 2001. Vou acrescentar que a conjuntura de hoje, da região do mundo árabe e da áfrica tem uma ideologia nacionalista, temos o crescimento do populismo, porém a crise dos sindicatos e dos partidos da esquerda, que não conseguem se congregar em torno da mesa para desenvolver suas ações como antes. Temos também a reinvenção de novos movimentos na África. Temos a emergência da força chinesa na África trazendo essa mudança econômica que tem modificado as relações, temos o crescimento do terrorismo em que 7 a 8 grupos são fortemente armados e desenvolvem guerras sem limites na região e aumentam o conflito. A grande questão que se coloca é o que fazer para retomar esse processo e que conteúdo que leva em conta todas essas coisas que se multiplicaram nessa nova conjuntura. Como podemos retomar a ação do FSM, com que meios e também com que alianças a partir das quais podemos reforçar para desenvolver melhor nossas ações.

Também isso é uma constatação, perdemos na nossa caminhada o conselho africano do FSM, atualmente como essa estrutura não existe mais, como vamos fazer para conseguir que em março no FSM possamos agregar a África, propondo assim uma caminhada? Como conectar-se com os movimentos sociais da África para estejam presentes na Bahia para conectar as forças com nossos camaradas?

Armando/Brasil– No contexto de hoje há uma intensificação da exploração dos recursos humanos, da força humana e da capacidade humana na construção de alternativas (conhecimento). Precisamos construir alternativas enquanto resistimos. Nosso desafio para março é concentrar esforços para criar luta que gere contra-hegemonias alternativas.

Thomas Piketty disse que há luta pela democracia e para controlar o capitalismo. Reforçar a democracia significa não só resgatar a representação das vontades da sociedade, mas transformar isso efetivamente em justiça social. Nosso desafio com o conjunto de movimentos, nossa disputa e debilidade se dá na correlação de forças que temos na sociedade civil onde não temos hegemonia.

O FSM é disputa para transformar a visão da sociedade civil.

Pesquisas mostram que a opinião não é orientada para a universalização dos direitos, mas aceita visões de competição, individualismo e empreendedorismo. A disputa que temos é quebrar hegemonia do discurso conservador que quebrou o direito ao desenvolvimento reduzindo-o ao combate a pobreza. A disputa pela transformação da sociedade é sobre as nossas aspirações e ambições que coloquem a economia a serviço das pessoas, e que proteja a dignidade humana, tirando o combate à pobreza do centro para o direito ao desenvolvimento.

Raphael/Montreal– Vou trazer elementos da conjuntura no Norte da América. O imperialismo comercial dos EUA, vemos como um discurso populista contra o livre comércio, mas na realidade percebemos concretamente na renegociação no acordo de livre comercio interamericano visa que defende o interesse dos americanos, através do unilateralismo, sobretudo nas finanças, Trump tirou todos os mecanismos de regulação de Wall Street desde a crise de 2013. As multinacionais, como a Amazon e Google, tem domínio em todos os países e nós temos que enfrentar.

Devemos inventar novas relações de trocas entre os povos. OMC em Buenos Ares terá uma grande mobilização. A guerra contra os recursos naturais, no Quebec já temos uma vitória, o óleoduto que atravessaria diversos estados foi anulado. A defesa da terra mãe é reinventar novas maneiras de viver para caminhar para uma transição social e ecológica temos que pensar nessa perspectiva. Para o encontro das organizações na COP em Bonn, haverá muitos grupos que vão se reunir. Em Montreal vamos fazer um off-Bonn.

Sobre o forte ataque contra os migrantes, Trump definiu em seu discurso a xenofobia, que cresce na Europa. O Canadá recebe uma onda de migrantes do Haiti, e há muitos discursos xenófobos. O racismo sistêmico impacta o tecido social. É preciso novas formas de solidariedade ente os povos, como a proposta de fazer um Fórum no México sobre as migrações.

Hugo (Attac/Alemanha)- ativistas europeus não estão animados com o FSM. É importante trabalhar efetivamente para que seja um encontro global, com presença de pessoas da África e Ásia. Reinvenção tem que ser global.

Hamouda/Marrocos- No espaço do FSM vamos ter que concentrar nossos pensamentos em reduzir essa conjuntura internacional problemática em Salvador. Assim vamos reinventar o FSM.

A solidariedade internacional é trazer novas lutas que existem no mundo, precisamos refletir para um encontro internacional sobre os movimentos que trabalham com questão migratória e questão climática. Trazer novos movimentos espontâneos, que modificam a realidade, nós não os conhecemos. Novo sopro ao nosso trabalho.

Mohamed Ray/Saahara Ocidental– É necessário convergir nossas lutas para solução coletiva e também especifica para cada problema. Saara Ocidental é território ocupado por outro país ha mais de 40 anos. É um território prisão, nem jornalistas nem observadores internacionais podem entrar para verificar as violações de direitos humanos. A ONU aprovou em 1991 um referendo de auto determinação, bloqueado pela França no conselho de segurança. Trazemos como proposta de que o FSM possa criar uma delegação Haddoc para que possam observar e ter contato com essa população, para não ter propostas passivas que ficam apenas no papel, mas para que o FSM seja ativo.

Leonardo/Brasil– Há uma a crise e falência do estado nacional. Até os anos 80 tínhamos esperança de que o país tivesse um governo que lidasse com esse desafio. Agora fica cada vez mais claro que as transnacionais são um grande problema que as comunidades enfrentam. Os grandes problemas têm por trás essas transnacionais, seja mineradora, farmacêutica... Antigamente tinha-se o estado nacional como juiz, que defendia um pouco os mais fracos. Agora não, os estados nacionais estão cada vez mais cooptados. Os presidentes não têm mais a força que se tinha no passado porque o âmbito da nação é limitado, e as transnacionais estão jogando com outras regras, e nós continuamos com a mesma fórmula de 1980. As nações unidas são uma farsa, são manipuladas por alguns países. Há uma crise política, econômica, de valores, ambiental e isso tudo mostra uma necessidade de governança mundial. O FSM é difícil e trabalhoso, mas pode ser um embrião da participação da sociedade, da comunidade, nos territórios que a gente começa a deslumbrar, estamos num momento de muita dor, é um sistema entrando em colapso e um outro que luta pra nascer mas que não tem vida, não tem forma, não tem nome. Historicamente vamos analisar esse período como sendo de transição, que a morte seja um nascimento e acho que a nossa tarefa é justamente apontar esse caminho, não vamos dar conta de tudo, mas vamos reinventar, revitalizar e insistir no FSM já que outros espaço ficam cada vez mais limitados. Há necessidade de ter um contraponto mundial aos desmandos das transnacionais.

Jacques/México– Fazem algumas semanas que a transparência internacional, que tem sede em Berlim, nos deu o titulo de país mais corrupto do mundo. O povo já está farto, pois não há um processo eleitoral. Mais vale um que é mal conhecido, do que um outro que é vendido aos interesses do capital. O numero de pobres aumentou. Temos mais de 78 milhões de mexicanos que vivem com o mínino possivel de recurso financeiro para sobreviver e isso se deve também a militarização. O povo escolheu o caminho pacifico, uma vez que o exército está sempre nas ruas, eles é que tem o controle do país, vinculados aos grandes comandos norte americano. A militarização do México com a América Central, essa é a realidade que vivemos. O controle do terror e a violência versus os interesses dos povos. A impunidade representa mais de 98% dos delitos políticos, todo mundo sabe da participação das autoridades do exercito, em particular nos casos de Tierra Blanca e San Fernando em que 43 alunos simplesmente desapareceram e que até agora não há um posicionamento do governo. Há um processo eleitoral que está avançando pelo Movimiento de integracion nacional que propõe uma transformação do pais de forma pacífica e que tem sido construído de baixo para cima, e à esquerda. No sentido que aqueles que controlam o governo não vão causar problemas ao governo e eles terão participação no processo eleitoral, em 2018. Não quero falar muito sobre a migração tanto da America Central através do México ou da luta de resistência que os EUA procuram bloquear o acesso. Existe outro processo em caminho, o EZLN lançou a candidatura de uma mulher indígena para 2018. Estamos identificados por essas lutas também, temos que ver essas diferenças desses dois processos. Estamos transitando nesse fio de conexão com o resto do mundo.

Oded/Presidente do Conselho Deliberativo da Osfam/Brasil– Já sabemos que o mundo é desigual e está se tornando cada vez mais desigual. Tem saído varias e varias pesquisas com indicadores sobre a desigualdade no mundo e nos países. Na desigualdade econômica, 8 pessoas tem a riqueza dos 50% das pessoas mais pobres. No Brasil 6 pessoas detém a mesma riqueza que 50% da população. As desigualdades são crescentes. Isso legitima o lema do FSM. Outro mundo é possível e necessário.

Armando/Brasil– Sobre a fala de Leonardo: falar do fracasso absoluto dos estados nacionais é uma afirmação ambígua. Os estados são espaços de disputa de poder. Há uma disputa em todos os espaços de institucionalidade. O golpe se sustenta sobre todos os espaços constitutivos especialmente na corte jurídica. O judiciário deve tomar decisões relevantes para a cidade e hoje não tem como eleger juízes e cristalizar as decisões. É uma forma sofisticada do controle da sociedade e que vai esvaziando as decisões em prol do publico. Através de um judiciário que estabelece a continuidade do interesse do capital.

Os meios de comunicação estão monopolizados, o que afeta a vida cotidiana, temos que pensar uma pedagogia que vai além do processo do fórum, e precisamos resgatar a função do estado democrático. O Brasil está deslizando para um estado de exceção e o mais paradoxal é que isso esta transformando numa condição natural da vida das pessoas. A desesperança é o principal obstáculo para retomar a luta. Na política não há uma resposta positiva se sim ou não, existe o “ainda não” que possibilita pensar numa proposta para a sociedade.

O debate de hoje aponta para uma crise de múltiplas dimensões, mas uma oportunidade para se colocar em um espaço de renascimento. O FSM tem que tomar as contra revoluções que vão se opondo as múltiplas revoluções de uma nova geração, e precisamos enfrentar isso. Para isso o FSM terá um papel de dar voz aos invisíveis para os povos que lutam por soberania e que não tem o olhar do mundo.

Síntese da Mesa – Damian (ABONG/BRASIL):

É melhor comunicar as lutas do mundo e saber reinserir as lutas locais dentro de estratégias do mundo todo. O FSM tem que ser um espaço de convergência que é uma forma de construir pontes nas diversas lutas. Pensar em uma forma propositiva, um modelo de desenvolvimento que queremos e quais estratégias de transformação social, não apenas lutas periféricas que não tem incidência, mas que vai passar pelos relacionamentos dos nossos movimentos

O FSM não é um evento, é um processo. A convergência que possa significar deve ser o resultado de articulações de lutas que estão se articulando no mundo todo.

Estamos numa batalha no campo das idéias, de criar novos paradigmas e novas narrativas que se opõe ao fundamentalismo e da extrema direita. Evidenciar essas narrativas.

Os eixos de mobilização que vamos pensar, também possam contribuir com a ressignificação das nossas alianças.

Oficina de Metodologia – FSM

Objetivos:

·Contribuir para as convergências entre movimentos e lutas de resistência

·Refletir sobre as metodologias já utilizadas nos FSM

·Apontar eixos orientadores para o FSM 2018.

Metodologia da Oficina

Com base nas experiências dos últimos dois FSM – Tunísia e Canadá – e das discussões realizadas desde janeiro de 2017 no processo de preparação do FSM 2018 em Salvador, propomos a realização de uma dinâmica de grupos itinerantes que irão discutir três questões chaves:

Esta oficina de metodologia é um momento do CI-FSM aberto para organizações e movimentos sociais convidados que estão no processo do FSM 2018. Os presentes serão divididos em três grupos itinerantes que irão discutir todos os temas. Para apoiar esta discussão, serão preparados três espaços, um para cada tema, onde terá um grupo de pessoas facilitadoras que irão: apresentar o tema, informar sobre o que o grupo anterior discutiu sobre o tema, acompanhar e sistematizar a discussão.

Ao final, a síntese dos debates será apresentada na abertura da Mesa “O papel do FSM na construção das convergências dos movimentos sociais no mundo” que será realizada dia 18/10/2017 às 15h no PAF I da UFBA.

Questões chaves:

1.O que nós queremos com FSM?

2.Processos de convergências: Qual a relação entre os vários momentos do FSM? Marcha, atividades autogestionadas, assembléias de convergências e assembléias de movimentos e das lutas.

3.Qual o papel dos eixos, temas e lemas no processo de organização do FSM?

Estou acompanhando o grupo 2 que está discutindo os processos de convergências. Nos debates de preparação do FSM surgiram as seguintes reflexões:

1.É preciso pensar qual a relação entre as atividades autogestionadas, as assembléias de convergência e a assembléia dos movimentos;

2.Será que os momentos importantes do FSM 2018 respondem ao objetivo das convergências: atividades autogestionadas, assembléias de convergências e assembléia dos movimentos em luta?

3.As atividades temáticas de convergência são propostas por conjuntos de organizações, geralmente são cerca de 40 assembleias desta natureza em cada FSM... Como estes processos podem construir diálogos entre si?

4.Dois momentos são fundamentais em que sempre estamos juntas e juntos. Deve ser dada uma atenção particular sobre estes: A marcha de abertura e a Assembleia dos movimentos e dos povos em luta;

5.Papel das atividades autogestionadas: são muitas, geralmente cerca de 1.200. é uma riqueza do FSM, mas são muitas atividades dispersas, com poucas pessoas, muitas vezes limitadas ao público das próprias organizações. Uma possibilidade é sugerir critérios para convergência, tais como a inscrição de propostas com 3 organizações no mínimo, ou de 2 países diferentes.

6.É a relação do FSM com os demais fóruns temáticos ou regionais? Como os acúmulos e processos destes outros fóruns podem dialogar com o FSM em sua edição centralizada?

7.Como criar uma metodologia que possa garantir um processo cumulativo de construção coletiva?

Michel do Canadá está defendendo que no final do Fórum aconteça uma assembléia dos movimentos de luta que terá como metodologia juntar declarações e/ou representantes de fóruns e/ou eventos nacionais regionais ou temáticos e emitir uma declaração final. Ou juntar representantes de assembléias de convergência e realizar pequenas apresentações dos resultados de cada assembléia, buscando por exemplo usar várias formas de expressão.

Pierre da Cáritas Internacional apresenta as propostas da Rede Caritas para metodologia do FSM 2018

A função transformadora do FSM 2018 é alimentar através da intercomunicação auto-organizada, sentimentos, idéias, motivações e ações de seus participantes, pessoas e entidades, na sua diversidade de contextos culturais sociais e políticos.

Propostas:

1.Dedicar 3 dias completos para atividades de intercomunicação auto organizadas, incluindo assembléias de convergência auto organizada por pelo menos 5 entidades (14, 15 e 16 de março);

2.Estimular os organizadores de atividades acontecendo em Salvador dias 13 a 17 de março “abrir elas com participação remota via internet” para assim incluir participantes do FSM que não puderem vir a Salvador;

3.Dar possibilidade para entidades que tem inscrito atividades no website, também poder colocar no website FSM 2018 “anúncios de iniciativas para outro mundo possível”, existentes ou emergentes assumidas pelo menos 3 entidades e com 3 datas-etapas de desenvolvimento na sociedade.

4.Tratar equitativamente na programação as “assembléias de convergência”, auto organizadas. Acolher como “iniciativas” as declarações dessas assembléias com lista de entidades assinantes.

5.Preparar com cuidado um momento final e forma de “Ágora de iniciativa” todo dia 17 com interações livres entre participantes e promotores de iniciativas, onde criar um “calendário de iniciativas FSM 2018” e o promover para a mídia, internet, participantes FSM, e o povo bahiano como resultado compartido entre comum.

6.Planejar desde já uma comissão de facilitação post evento FSM 2018, estimulando autodocumentação de atividades e iniciativas no web site e atualização do calendário de iniciativas e recolhida de apoios on line para as iniciativas.

Francine/Bélgica: Existem várias formas de interpretar a relação dentro da diversidade e da convergência, essas coisas não são antagônicas, os fóruns são baseados na diversidade, que se respeitem a diversidade de todos. Mas se fizermos que essa riqueza sirva aos movimentos, precisamos buscar aquilo que apesar da diversidade identificar o que temos em comum. Nós que adotamos filosofias diferentes, sabemos no fim o que queremos com nossos direitos sociais e econômicos. Essa convergência começa antes, com o processo de aglutinação, ou seja, vamos buscar, por exemplo, quem são aqueles que trabalham com a proteção social, vamos ver se temos planos em comum, com base no objetivo do fórum e quais são os pontos que estamos de acordo. Precisamos existir politicamente, falando em uníssono, temos nossa diversidade, mas apesar disso, temos esses pontos em comum... isso pode dar voz, respeitando as ações de cada um, mas uma voz que tenha como mensagem, uma mensagem política.

Cinistro/Brasil: Como convergir com a periferia? O que podemos fazer para agregar a negritude toda da Bahia, a cultura local, que ela se estenda pelos movimentos que se encontrem. Sugestões: festas de ruas, ocupar o espaço fora da universidade, concentrar algum local que tenha publico ou fazer algo nas redondezas mas que tivesse um viés como foi em 2016 em Porto Alegre, que teve um show de rap no Largo Zumbi dos Palmares. É preciso algo que chame a juventude periférica que estão ao redor das cidades. Outra situação divulgar o que já existe para as pessoas chegarem aqui. Dar um viés ao IDjovem, que são táticas estratégias a serem adotadas a partir desse seminário. Algumas experiências em Porto Alegre dentro do Araújo, que era um local fechado e que poderia ser utilizado para uma atividade de cultura e não foi.

Norma/Brasil– Quando se fala de assembléia dos movimentos sociais que perguntar porque deixou-se de pensar na expressão “povos” sendo que os curdos, indígenas, quilombolas, não são movimentos, são povos e esses precisam estar contemplados nos temas quando falamos. A diversidade enriquece as lutas, sejam de mulheres/feminismo, então eles potencializam as identidades. Essa relação entre diversidade e convergência precisa ser considerada.

Armando/Brasil– proposta de encaminhamento. Ao inscrever a atividade e ser capaz de identificar tema, objeto, objetivos, conceitos fundamentais, ações efetivas, estruturas que tem.

Mudar a expressão convergência para aliança/acordo que traz pactos, compromissos. Os povos tradicionais de matriz africana acolheram além do ponto de vista do debate, mas de soberania alimentar, e que determinam os pontos que se quer os povos de matriz africana. Uma ação que pudesse contemplar os diversos povos.

Rita/Brasil– que comece com pequenas assembléias, mas o fato de dizermos isso para as pessoas não fará com que elas se organizem. Se não houver legitimidade com os movimentos de base vamos reproduzir uma metodologia de que ela é a política. Estabelecer o diálogo com esses seguimentos que são chaves para pensar em ações de resistência, (negro, mulheres) quais são as redes, atores, atrizes que chegam nas bases e qual metodologia para que cheguem nos pequenos movimentos e possam interagir. É uma responsabilidade grande de pensar com quem não estamos conversando no momento. É um esforço que está sendo feito no Brasil e que temos que fazer com todos que estão ao redor dessa mesa.

Claudio/Brasil– os anos passam, os golpes se repetem, e no campo da esquerda continuamos sofrendo com nossas brigas intestinais. Enquanto isso o capital está por trás de tudo se une com tanta facilidade. E nós não conseguimos por conta da virgula, da semântica de determinada palavra. Essas coisas se somam, são perfeitamente acopladas. É preciso pensar ações conjuntas para crescermos e nos fortalecermos. Para que fazer, o que fazer e como fazer. Queremos um mundo melhor, achamos que é necessário e possível. Quem é o inimigo comum? Conseguimos identificar que é o sistema capitalista? Se isso for verdade já é um ponto que pode unir a todos, a partir dessa discussão podemos perguntar o que fazer. Os métodos podem se somar em como fazer. Precisamos retomar a discussão sobre luta de classes, todas as outras discussões de gênero, ambiental, raça, todas cabem dentro da luta de classes.

Sergio/Italia– o CI tem um serviço, e se pudéssemos sair e lançar o próximo FSM e que vamos agregar a metodologia vamos acrescentar em dois caminhões: paralelos que podem chegar ao mesmo tempo. É o caminho clássico das atividades autogestionadas. Um outro caminho que podem ser mais ambicioso e que pode responder outros atores, que é um caminho que não tenho nome, mas que seja através de grandes alianças de lutas, ou seja um caminho que tenha que começar o mais rápido possível. Chegar a ter posições que possam ter ações em conjunto para responder a essas diversas questões que há. Estamos falando de dois caminhos que se respeitam e que em algum momento podem estar trabalhando em algum momento de luta e em atividades autogestionadas. Que seja complementar. Essa pode ser uma resposta que possa criar vinculo com outros setores/entidades.

/Curdistão – temos que organizar mais ações ou uma luta maior para que os povos vejam que o FSM organizam muitas coisas. Os curdos juntam esses sitemas com outro movimentos, partidos, pessoas que lutam contra o capitalismo. Todo problema que acontece pelo mundo afora é problema nosso. Quando há problema de mineração na Africa, esse também é um problema dos curdos, porque lutamos contra o sistema, e isso é um problema nosso. Os curdos tem que lutar, porque esse muro também nos pertence. Todas as organizações que lutam no mesmo sentido fazem parte de nós. De modo que o FSM tem que organizar mais coisas, não só por conta dos movimentos que organizam esse espaço, porque há muitos que estão lutando pelo mundo afora.

Gilberto/Brasil– diferença entre unidade e unificidade. O exercício da convergência precisa acontecer. Quando se reconhece na luta do outro reconhece pontos de convergência, encontrar elementos dos mais diversos. E além disso que identificamos, as grandes agressões mundiais, podem ser uma linha transversal. Diversas opressões que ocorrem em diversas partes do mundo. Uma convergência pode encontrar uma ação que se oponha fortemente a partir do local contra aquela coisa que tem um caráter de agrasseao regional ou universal. Essa questão de unidade transversal é muito fácil.

Resultado do Trabalho em Grupo

Grupo 01 - QUESTÃO CHAVE - O QUE QUEREMOS COM O FSM?

Nos debates de preparação do FSM 2018 surgiram as seguintes contribuições sobre esta questão:

1. Queremos um FSM que dê significado para o lema “Resistir é Criar, Resistir é Transformar!”

2. Um FSM com participação ampla de todos os movimentos e organizações de resistência nos seus diversos territórios a exemplo do movimento de mulheres, dos povos tradicionais, das resistências urbanas de periferia, do campo, das juventudes, das e dos artistas, dos povos e dos intelectuais “orgânicos” dos movimentos sociais etc.

3. Um FSM que contribua para expressar a força e a capacidade da sociedade civil organizada, das suas múltiplas identidades, localmente, regionalmente e globalmente.

4. Um FSM que possa favorecer à convergência entre movimentos, entre lutas e incidir de forma mais eficaz na conjuntura planetária.

5. Um FSM que reafirme e valorize todos os seres humanos nas suas diferenças e diversidades (nacionalidades, étnico-racial, étnico-cultural, geracional, afetivo-sexual, cultural e artístico, de gênero, religiosa, das pessoas com deficiência, do meio rural ou urbano, etc).

6. Um FSM que promova a causa e os direitos humanos e ambientais dos povos originários e tribais e comunidades tradicionais.

7. Um FSM que possa contribuir para confluência dos movimentos de promoção dos direitos humanos e ambientalistas.

8. Um FSM que contribua para manter a chama do pensamento utópico.,

9. Um FSM que possa promover os valores e paradigmas da paz, da democracia, do bem viver, da solidariedade, da liberdade, da justiça social e ambiental, da libertação e emancipação das mulheres e da defesa e promoção dos bens comuns.

10. Um FSM que contribui com a formulação de disseminação de novas interpretações (narrativas), a exemplo de: anticapitalistas, antissexistas, anti-patriarcalismo, anticolonialistas, antirracismo anti-imperialistas, etc e outros.

11. Um FSM que possa contribuir com a renovação das esquerdas, e as relações entre partidos políticos de esquerda e movimentos sociais.

12. Um FSM que possa ressignificar o sentido da participação, tanto no seu processo metodológico de construção quanto durante sua realização.

13. Um FSM que tenha visibilidade na sociedade local, nacional e internacional contribuindo para promover os valores, as práticas e as forças políticas de defesa da democracia.

14. Um FSM que expresse a solidariedade com todos os povos que lutam por soberania e autonomia democrática (auto governança).

15. Um FSM que mostre a força das resistências no Brasil, na América Latina e no mundo em um contexto de governo antidemocrático e do desmonte das políticas sociais.

16. Um Fórum que seja coerente no seu discurso e na sua prática, no seu próprio processo de construção, promovendo a democracia interna, a horizontalidade, a transparência e a tomada de decisões coletivas. Que possa significar uma transformação das relações humanas e sociais entre os indivíduos que o frequentam.

17. Um Fórum que possa aliar arte, cultura e política, o lúdico com a construção política.

18. Um FSM diferente, inovador, mas sem negar o legado e os acúmulos que o FSM produziu nestes 16 anos.

GRUPO 02 - QUESTÃO CHAVE - SOBRE A DINÂMICA DAS CONVERGÊNCIAS – QUAL O PAPEL DA MARCHA, DAS ATIVIDADES AUTOGESTIONADAS, DAS PLENÁRIAS E ASSEMBLEIAS DE CONVERGÊNCIAS, DAS ASSEMBLEIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS....

1. O tema da diversidade é constitutivo do FSM, é nossa potência. Precisamos criar uma forma que essa riqueza some energia para nossas lutas nos territórios, nas cidades, nas nossas causas.

2. Preocupação que o esforço das convergências possa reduzir a nossas diversidade e com isso enfraquecer o FSM. Nenhum processo de busca de convergências pode ser autoritário, imposto, que frustre ou desrespeite a nossa diversidade e as iniciativas autogestionadas do FSM. A convergência é resultado de um processo de construção política conjunta.

3. A diversidade de nossos povos, territórios e movimentos é nossa força;

4. Que a nossa diversidade é uma riqueza e deve ser a base para buscar nossa ação;

5. Qualquer processo de convergência precisa respeitar essa diversidade;

6. A diversidade é o ponto inicial para buscarmos formas de fortalecermos nossas lutas comuns... a diversidade não pode ser um impeditivo da busca para ações comuns;

7. A metodologia, seja qual for, deve ser aberta, não impositiva;

8. As convergência é resultado de um longo processo antes, durante e depois do FSM... não é algo que possa ser construída somente no evento mundial;

9. Que deve levar em conta, não só os temas políticos, mas os povos e os territórios;

10. Assembleia Mundial dos Movimentos – Processo construído antes durante e depois do FSM... ter uma dinâmica que possa fortalecer e empoderar os movimentos sociais do mundo, que articule os

11. Ágora das Iniciativas – ser uma forma das organizações proporem iniciativas que podem ter adesões das demais e essas iniciativas podem se tornar numa agenda de iniciativas acompanhadas durante os processos entre os FSM;

12. O desafio é como a busca com as convergências pode enriquecer as outras lutas e movimentos...

13. Que os processos de inscrição das atividades, já foram e podem continuar sendo uma das formas de buscar que os temas e sujeitos comuns busquem realizar atividades comuns...

14. As convergências talvez sejam melhor viabilizadas nos territórios e não em âmbito mundial...Talvez convergência não seja a palavra... aliança, coalisão... agendas....

14. Ficha de Inscrições – combinar – Tema – Mulheres - com Objeto – mulheres no mundo do trabalho – objetivos do período – conquistar direitos no mundo do trabalho – estrutura que tenho – redes, movimentos, etc....

15. O Conselho Internacional, como uma instância facilitadora, podes propor que vamos trabalhar sobre dois caminhos que podem chegar ao mesmo ponto... caminho clássico autogestionada com toda a liberdade e um outro caminho, mais ambicioso que possa representar – construindo grandes alianças de lutas

16. Preocupação com o nome da palavra – o que interessa é a possibilidade de nos unirmos em torno de causas comuns...

17. As convergências talvez sejam melhor viabilizadas nos territórios e não em âmbito mundial...Talvez convergência não seja a palavra... aliança, coalisão... agendas....

QUESTÃO CHAVE 03

Qual o papel dos eixos, temas e lemas no processo de organização do FSM?

·A proposta de que o lema – Resistir é Criar, Resistir é Transformar - seja estruturante da organização temática e do território do FSM 2018 evento

·Estruturar três espaços/momentos:

oResistir

oCriar

oTransformar

·DINÂMICA DE ORGANIZAÇÃO DO FSM 2018 – estruturar a dinâmica do FSM 2018 através de Eixos Temáticos e Lemas Orientadores. Exemplo:

oEIXO: Justiça Climática

oLEMA: Mudar o Sistema, Não Mudar o Clima

·Que no processo de inscrições das atividades sejam feitas três perguntas para as organizações e movimentos proponentes:

oO que sua organização/movimento faz/propõe para Resistir?

oO que sua organização/movimento está propondo/realizando para criar?

oO que sua organização/movimento está realizando/propondo para transformar?

·Organização dos dias do FSM 2018

oManhãs para as atividades autogestionadas – 9hs e 12hs

oTardes para Plenárias e Atividades de Convergências – 16hs

OUTRAS INICIATIVAS APRESENTADAS

RESULTADO DA PLENÁRIA DA MULHERES PRESENTES NESTE SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO FSM 2018

1. Cuidar junto as conexões entre o 8M e o FSM 2018

2. Realizar um Plenária das Mulheres em momento próprio, separada das outras atividades – porque as mulheres estão em todas as atividades

3. Constituição de um GT de Mulheres que vão fazer a interlocução do processo de organização do FSM

ÁGORA DAS INICIATIVAS

- Já foi uma experiência iniciada no FSM 2016 no Canadá. Os proponentes apresentaram ideia de um processo de motivação para que as organizações e movimentos sociais participantes do FSM se dispusessem a apresentar as suas iniciativas e que, estas iniciativas estivessem num ambiente virtual – Agenda das Iniciativas – para que houvesse adesões de interessados, acompanhamento e mobilização comuns;

- Foi constituído um Grupo do CI aberto para outras organizações e movimentos que vão elaborar uma pequena síntese da proposta para o GT de Metodologia e Programação do Grupo Facilitados para ver como incorporar a proposta do FSM 2018;

ASSEMBLEIA MUNDIAL DOS MOVIMENTOS

- A proposta nasceu no FSM 2016 no Canadá de ser uma Assembleia dos Povos em Luta ou Resistências. Foi apresentada a proposta de como essa Assembleia poderia ser organizada, não somente no FSM 2018, mas como um processo permanente. A sugestão de nome é que seja uma Assembleia Mundial dos Movimentos.

- Foi construído um Grupo do CI aberto para outras organizações e movimentos que vão elaborar uma pequena síntese da proposta para ser enviada ao GT de Metodologia e Programação do Grupo Facilitador para ver como a proposta se insere na dinâmica geral do FSM 2018;

Dia 16 de outubro de 2017.

Iniciamos com uma rodada de apresentações dos participantes sobre a mobilização que estão fazendo em vista do FSM 2018.

Armando/Brasil – Propõe sair com três ou quatro grandes temas para ser debatido no FSM. Temas chaves como democracia, monopolização da economia, controle de área estratégica.

Chico/Brasil – o processo do FSM está se desenvolvendo pelo mundo afora e na França acontecerá nos dias 2 a 5 de novembro o fórum antinuclear, como fazer a convergência com esse fórum para trazer o debate também para o FSM.

Representante da CUT: Estão debatendo na CUT de que é preciso realizar uma grande mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras, pois quando houve o debate no Canadá de que o que aconteceu no Brasil é um golpe alguns se posicionaram dizendo que não era um golpe. Hoje está claro que no Brasil houve um grande golpe e isso tem reflexos para a economia e democracia na América Latina. A CUT está propondo um grande evento com as centrais sindicais internacionais para fazer esse intercâmbio. Está fazendo mobilização local com a Cut/Bahia e uma mobilização nacional para possibilitar que as pessoas possam estar presentes em Salvador. Em consonância inclusive com o FAMA.

Odet/Brasil – É um desafio o FSM ser realizado num ano eleitoral no Brasil e merece atenção para que não seja dominado pelo processo eleitoral Brasileiro.

Paulo - Fórum Social Ciência e Democracia/Brasil – Farão atividades do fórum no FSM. Terão como eixos a descolonização da universidade e participação publica nas decisões de pesquisa entre outros.

Abdel Kadel/Marrocos - Serão organizados em cada país fóruns regionais para mobilizar todos os movimentos soias que emergiram e que não se conhecia para integrar todos esses temas e poder participar no próximo FSM, portanto estão trabalhando para ter recursos para trazer todas essas pessoas, pelo menos um número que represente todo esse pluralismo e a questão que se vê colocada para eles é para mobilizar os movimentos sociais africanos para que venham ao FSM e propôs um momento paralelo desse grupo de CI para discutir a presença africana.

Mireia/França - Gostaria de chamar a atenção do CI e do comitê de organização do FSM que há um “evento” intitulado “A Década Internacional para a Matriz Africana” e há um certo numero de organizações que se mobilizam desde a decisão para obter visibilidade das pessoas que são consideradas como sub-humanas. Há um verdadeiro trabalho a ser realizado sobre isso e precisa-se ver como as organizações afro descendentes Brasileiras/africanas podiam se apossar dessa década internacional para construir uma relação de forças, portanto não temos nada que esperar da ONU. Uma mobilização pode ser antecipada a partir das temáticas que trabalham os afro descentes. Os problema na Colômbia ou no Brasil as mesmos. Como o FSM pode tornar visível o processo da década de forma a trabalhar sobre a temática especifica afro descendente, que cruza a construção do capitalismo, a soberania alimentar, a restituição da terra. Isso se coloca no Brasil, Honduras, Colômbia, Caribe Frances, África, etc. A descolonização, mas especificamente aquilo que é identificado como a colonialidade do poder, do saber e do ser, portanto uma das problemáticas que podiam ser defendidas é como descolonizar as mentes, tanto aqueles que nos dominam como aqueles com quem trabalhamos.

Jaques/México – De 1 a 3 de novembro de 2018 acontecerá o Fórum Social Mundial das Migrações no México. Resistir, criar e transformar faz parte do universo que o tema da migração traz em si nos tempos da atualidade. Para nós cabe constituir um comitê para discutir esse processo. Não queremos só realizar um evento. As nações unidas vão emitir um novo pacto global com relação ao refugio e migração. Será todo cheio de poesia, mas o fato que é o que nos importa com relação aos governos serão desencontradas de tudo o que temos que fazer.

Jeniffer/EUA – “Para ser honesta esse realmente será um momento difícil para as pessoas dos EUA virem pra cá, não apenas por questões financeiras, mas pelas questões horríveis que temos passado. A esperança que nós recebemos quando participamos desses movimentos é o que nos sustenta para enfrentar os problemas que vamos ter que encarar que é a questão das pessoas que não possam sair, mas também aquele que saindo não poderão voltar.

Mauri/Brasil – No dia 23 de janeiro em Porto Alegre haverá uma grande mobilização sobre o Dia Mundial anti fórum econômico de Davos. Convoca a todos para realizar também atos em seus estados/territórios.

Calendário Provisório do FSM 2018

·Lançamento do site do FSM – Novembro/2017

·Inicio das inscrições de participantes – Novembro/2017

·Inicio das inscrições das atividades autogestionadas – Novembro/2017

·Participação na COP23, Bonn, Alemanha – Novembro/2017

·Participação Jornada Continental – Montevideo, Uruguay – Novembro/2017

·Assinatura apoio institucional do Governo da Bahia – Novembro/2017

·Participação da Cúpula dos Povos em Buenos Aires – Dezembro/2017

·Dia Ação Global Anti-Fórum Econômico Davos – Janeiro/2018

·3º Seminário Internacional do FSM/2018 – Janeiro/2018

·Limite para aquisição das passagens internacionais – Janeiro/2018

·Encerramento das inscrições de atividades do FSM 2018 – Fevereiro/2018

·Encerramento das Inscrições dos Empreendimentos EPS – Fevereiro/2018

·Limite para aquisições das Passagens Nacionais – Fevereiro/2018

Programa provisório FSM 2018

·Coletiva de Abertura – 13 de março de 2018.

·Marcha de abertura - 13 de março de 2018.

·Convergência sobre conjunturas internacionais – 14 de março de 2018.

·Convergência sobre conjunturas continentais - 14 de março de 2018.

·Atividades autogestionadas – 15 de março de 2018.

·Assembléias de convergência – 15 de março de 2018.

·Atividades augestioanadas – 16 de março de 2018.

·Assembléias dos povos – 16 de março de 2018.

·Atividades autogestionadas – 17 de março de 2018.

·Reunião do Conselho Internacional – 17 e 18 de março de 2018.

COMUNICAÇÃO

Dimensão Política

1.Importância de inserir e reafirmar junto à sociedade a mensagem do FSM - resistir é criar, resistir é transformar - em um cenário onde as resistências e alternativas precisam de visibilidade e reconhecimento, sonegados pela mídia e pelo modelo hegemônico. (debate sobre o lema em maio)

2.Importância de contrapor a afirmação histórica do FSM - outro mundo é possível - ao descrédito e apatia de setores da sociedade e de difundir a convocatória do FSM 2018 em meio às dificuldade de mobilização e engajamento. (Debates sobre o papel/relevância do FSM no CI)

3.Esforço de aproximar a pauta do FSM dos movimentos de comunicação, midias livres e públicas e de aproximar a pauta da luta da comunicação dos movimentos sociais que atuam no FSM ( diretriz do FMML, pauta da comunicação do FSM e Documento do ENDC de maio em Brasília)

4.Possibilidade de avançar nos debates existentes no âmbito do conselho internacional d

5.O FSM, do fórum mundial de mídia livre e, no Brasil, no fórum nacional pela democratização da comunicação, sobre as estratégias de comunicação para as lutas sociais (ref. Debate CI de Porto Alegre e Documento do ENDC de maio em Brasília))

Dimensão Estratégica

1.Incorporar experiências e aprendizados acumulados nos processos do FSM e das campanhas de luta com0 base para avançar e inovar na divulgação do FSM e nas propostas de comunicação para o movimento social (ref. Debate CI de Porto Alegre)

2.Partir de um trabalho técnico organizativo local (coletivo brasileiro) , para o plano internacional, de modo a deixar legados organizativos e de articulação com forte protagonismo dos movimentos que sediam o FSM 2018 (Estratégia em curso no processo geral do FSM 2018)

3.Utilizar a linguagem oral como porta de entrada das informações, pautas e conteúdos para o trabalho de comunicação, em busca de autenticidade, acessibilidade, engajamento, estímulo à mobilização e facilidade na coordenação entre diferentes plataformas (Estratégia inicial em curso, com boa aceitação)

4.Enfatizar temas e características do FSM relacionadas às lutas da sua diversidade - antirracistas, antissexistas, solidárias e sustentáveis - contribuindo ao enfrentamento dos retrocessos políticos, culturais, econômicos e sociais em curso no brasil e no mundo. (Com base em falas no Coletivo e web rádio até agora)

5.Dar visibilidade às características históricas e contemporâneas da bahia nas resistências do povo brasileiro e africano, contribuindo para as resistências dos povos em luta contra a violência, a colonização, as ocupações, os deslocamentos forçados e os muros. (Com base em falas no Coletivo e web rádio até agora)

6.Construir divulgação internacional com engajamento de refugiados e imigrantes, de modo a incorporar as vozes mais vulneráveis das relações entre os povos no atual contexto das guerras e calamidades (Estratégia com base em diálogos iniciados)

7.Priorizar tecnologias livres e compartilhadas e ocupar as redes sociais de modo orgânico e não comercial, de modo a estimular no FSM a leitura crítica da internet e das corporações de midia (Compromisso histórico do FSM com SL, docto do CI e novas lutas da internet)

ROTEIRO OPERACIONAL - LINHA DO TEMPO

Maio

·Decisão de acolhida do FSM em Salvador

·Divulgação do seminário do FSM na página do Coletivo Baiano no facebook

Julho - endereço na rede

Lançamento de site - fase 1 contagem refressiva e multiidiomas

Criação de emails institucionais

Criação de página do FSM 2018 Salvador no facebook

Montagem do Subgrupo de Rádio

Agosto - Concurso de Log - Webradio- Releases

1. Concurso de logomarca SSA-SP-PoA

2. Boletins e programa de rádio experimental

3. Site fase 2 - Criação e alimentação da área de imprensa Port

Setembro - Organização de Rotinas Básicas

Programa semanal - português

Página do rádio

Divulgação de logomarca

Definição de Assessoria fixa em Salvador

Criação de rotina semanal para produção/ circulação de conteúdos

Aproximação da comunicação da UFBA

Criação do evento Seminário nas redes

Outubro - Foco nos Eventos de Salvador - CI/Seminário - Página de Cobertura - Canal de Vídeo - Reforço De Identidade Visual - Ampliação do GT - Ação de Mídia d Mobilização da Comunicação

Novembro - Abertura das Inscrições - Traduções Regulares - Boletins Internacionais

Dezembro - Reforço às Inscrições - Newsletter - Rotina Internacional -

Janeiro - Reforço às Inscrições - Notícias de Atividades e Mobilizações - Inscrições de Imprensa - Assessoria Interritório De Mídia

Fevereiro - Reforço às Inscrições - Programa - Território de Mídia

Março - O FSM E A Luta Das Mulheres - Programa - Serviços - Credendiamento De Mídia - Assessoria De Imprensa No Evento - Acolhida À Cobertura Compartilhada

PLANEJAMENTO FINANCEIRO PROVISÓRIO FSM 2018

DESPESAS

·Mobilização nacional – R$ 345.104,00

·Mobilização internacional – R$ 185.782,00

·Articulação – R$ 436.800,00

·Apoio a presença dos movimentos sociais – R$ 1.725.000,00

·Infra estrutura – R$ 1.162.000,00

·Tradução – R$ 652.000,00

·Comunicação - R$ 1.906.500,00

·Apoio Atividades Políticas culturais – R$ 1.200.000,00

·Logistica de Apoio – R$ 568.100,00

·Economia Solidaria – R$ 1.2000.000,00

·Voluntário – R$ 486.000,00

·Apoio a participação de pequenos projetos – R$ 880.000,00

·Total geral do orçamento – R$ 9.927.286,00

RECEITAS

·Cooperação Internacional – R$ 2.000.000,00

·Taxa de Inscrições – R$ 1.000.000,00

·Organizações Brasileiras (Ongs, Centrais Sindicais, Movimentos Sociais) – R$ 827.286,00

·Fundos Solidários – R$ 1.000.000,00

·Governo da Bahia – R$ 2.600.000,00

·Universidade Federal da Bahia – R$ 2.500.000,00 (não será em espécie, mas de estrutura)

·Total da Receita – R$ 9.927.286,00

17 de outubro de 2017