Governo "democrático e popular" reduz 80 % do orçamento da Confecom e compromete realizá-la (nas coxas, claro!)
from
"Heitor Reis"
on May 29, 2009 06:47 PM
Grande Simone e todos
Grato por esta notícia que demonstra o
segundo passo de um processo que eu
vinha denunciando há tempos!...
E, certamente, não vai para apenas
nisto...
Após minar a Confecom com uma Comissão
Organizadora oligárquica, autoritária e
nada democrática, governo Lula continua
processo de esvaziamento do evento,
reduzindo para 1/5 a verba prevista.
Isto porque Lula se diz "um eterno
defensor das rádios comunitárias",
prometeu mundos e fundos para a TV
Comunitária, defende da democratização
da comunicação, etc. Imagina se não
fosse!!!
Lula é refém ou sócio dos donos da
mídia? Você decide! [
www.donosdamidia.com.br ]
O PT além de partido dos banqueiros,
tornou-se um partido a serviço da máfia
da comunicação.
Com a palavra, os petizes!
Certamente, cada povo tem o governo que
merece! Se não fizermos nada, nada
conquistaremos!
Dialeticamente
Heitor
----- Original Message -----
From: Simone de Moraes
Governo reduz orçamento do
evento em R$ 6 milhões e compromete
realização
Mariana Martins -
Observatório do Direito à Comunicação*
28.05.2009
Dos R$ 8,2 milhões
previstos para a realização da 1ª
Conferência Nacional de Comunicação
(Confecom), estão assegurados apenas R$
1,6 milhão. A drástica redução,
registrada no Diário Oficial da União
(DOU) do último dia 12 de maio, é
resultado de um amplo remanejamento
promovido pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão. A
medida, segundo integrantes da Comissão
Nacional Pró-Conferência, compromete a
realização da Confecom, com etapa
nacional marcada para dezembro deste
ano.
A decisão está expressa em
decreto presidencial publicado no dia 11
de maio que prevê crédito suplementar no
valor de pouco mais de R$ 688 milhões
para diversos órgãos do Poder Executivo.
O decreto determina que os recursos
necessários à abertura do crédito
suplementar decorrerão da anulação
parcial de dotações orçamentárias.
Entre as rubricas
atingidas está aquela referente ao apóio
à realização de Conferências Estaduais e
Nacional de Comunicação Social, reduzida
em R$ 6,5 milhões. O decreto, contudo,
não indica o destino das verbas
remanejadas. De acordo com o consultor
jurídico do Ministério das Comunicações,
Marcelo Bechara, a equipe da pasta já
reivindicou junto ao Ministério do
Planejamento a recomposição das dotações
inicialmente definidas, obtendo
sinalização positiva da Secretaria de
Orçamento Federal neste sentido.
"Não acredito que este
corte vá se manter. É uma decisão do
presidente Lula realizar a Conferência,
que só ocorrerá se assegurado o montante
suficiente de recursos por parte do
governo federal", afirma Bechara.
Contudo, não há, até agora, garantia de
se tal revisão do corte será feita e nem
quando ela ocorrerá.
Risco de inviabilização
Para a Deputada Federal
Luiza Erundina (PSB-SP), o corte é um
sinal de resistência ao êxito da
Confecom. "Há uma enorme má vontade e
uma indisposição para a realização da
Conferência. O atraso na convocação e a
falta de esforços para agilizar o
processo nos estados já é um fator muito
negativo, agora esse corte pode
comprometer as expectativas da sociedade
civil, que é a grande responsável pela
convocação dessa Conferência", analisa.
Erundina lembra ainda que
o valor definido na Lei Orçamentária de
2009 já era resultado de uma redução em
relação à emenda proposta pela Comissão
de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática da Câmara (CCTCI).
"Inicialmente eram R$ 10 milhões. Nas
discussões, reduziram para os R$ 8,2
milhões, com uma verba complementar aí
de R$ 300 mil, totalizando R$ 8,5
milhões", lembra.
Para a deputada, o corte
surpreende por ter sido o mais
considerável dentre os realizados pelo
Ministério do Planejamento. "Isso pode
implicar a redução no número de
delegados, é um atentado ao caráter mais
amplo e democrático que poderia ter a
Confecom", alerta.
Ainda mais pessimista é a
avaliação de Carolina Ribeiro, do
Intervozes – Coletivo Brasil de
Comunicação Social, entidade que faz
parte da Comissão Nacional
Pró-Conferência (CNPC). Carolina diz que
a redução é absurda e que essa verba é
insuficiente para realizar uma
conferência nacional. "Sabe-se que isso
inviabiliza a Confecom. A Conferência
Nacional de Direitos Humanos, que teve
um orçamento muito enxuto, contou com R$
3 milhões. Com menos do que isso é
impossível fazer uma conferência
democrática e participativa", reclama.
Ainda de acordo com Luiza
Erundina, as entidades que compõem a
Comissão Nacional Pró-Conferência
precisam se mobilizar urgentemente para
fazer pressão junto ao governo federal e
a parlamentares que defendem a
Conferência para reivindicar mudanças.
"A sociedade civil não pode se calar.
Tem que fazer pressão para conseguir
reverter esse quadro. Essa é uma decisão
política e, portanto, deve-se tentar
mudar o quanto antes", defende.
Governo reduz orçamento do
evento em R$ 6 milhões e compromete
realização
Mariana Martins -
Observatório do Direito à Comunicação*
28.05.2009
Dos R$ 8,2 milhões
previstos para a realização da 1ª
Conferência Nacional de Comunicação
(Confecom), estão assegurados apenas R$
1,6 milhão. A drástica redução,
registrada no Diário Oficial da União
(DOU) do último dia 12 de maio, é
resultado de um amplo remanejamento
promovido pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão. A
medida, segundo integrantes da Comissão
Nacional Pró-Conferência, compromete a
realização da Confecom, com etapa
nacional marcada para dezembro deste
ano.
A decisão está expressa em
decreto presidencial publicado no dia 11
de maio que prevê crédito suplementar no
valor de pouco mais de R$ 688 milhões
para diversos órgãos do Poder Executivo.
O decreto determina que os recursos
necessários à abertura do crédito
suplementar decorrerão da anulação
parcial de dotações orçamentárias.
Entre as rubricas
atingidas está aquela referente ao apóio
à realização de Conferências Estaduais e
Nacional de Comunicação Social, reduzida
em R$ 6,5 milhões. O decreto, contudo,
não indica o destino das verbas
remanejadas. De acordo com o consultor
jurídico do Ministério das Comunicações,
Marcelo Bechara, a equipe da pasta já
reivindicou junto ao Ministério do
Planejamento a recomposição das dotações
inicialmente definidas, obtendo
sinalização positiva da Secretaria de
Orçamento Federal neste sentido.
"Não acredito que este
corte vá se manter. É uma decisão do
presidente Lula realizar a Conferência,
que só ocorrerá se assegurado o montante
suficiente de recursos por parte do
governo federal", afirma Bechara.
Contudo, não há, até agora, garantia de
se tal revisão do corte será feita e nem
quando ela ocorrerá.
Risco de inviabilização
Para a Deputada Federal
Luiza Erundina (PSB-SP), o corte é um
sinal de resistência ao êxito da
Confecom. "Há uma enorme má vontade e
uma indisposição para a realização da
Conferência. O atraso na convocação e a
falta de esforços para agilizar o
processo nos estados já é um fator muito
negativo, agora esse corte pode
comprometer as expectativas da sociedade
civil, que é a grande responsável pela
convocação dessa Conferência", analisa.
Erundina lembra ainda que
o valor definido na Lei Orçamentária de
2009 já era resultado de uma redução em
relação à emenda proposta pela Comissão
de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática da Câmara (CCTCI).
"Inicialmente eram R$ 10 milhões. Nas
discussões, reduziram para os R$ 8,2
milhões, com uma verba complementar aí
de R$ 300 mil, totalizando R$ 8,5
milhões", lembra.
Para a deputada, o corte
surpreende por ter sido o mais
considerável dentre os realizados pelo
Ministério do Planejamento. "Isso pode
implicar a redução no número de
delegados, é um atentado ao caráter mais
amplo e democrático que poderia ter a
Confecom", alerta.
Ainda mais pessimista é a
avaliação de Carolina Ribeiro, do
Intervozes – Coletivo Brasil de
Comunicação Social, entidade que faz
parte da Comissão Nacional
Pró-Conferência (CNPC). Carolina diz que
a redução é absurda e que essa verba é
insuficiente para realizar uma
conferência nacional. "Sabe-se que isso
inviabiliza a Confecom. A Conferência
Nacional de Direitos Humanos, que teve
um orçamento muito enxuto, contou com R$
3 milhões. Com menos do que isso é
impossível fazer uma conferência
democrática e participativa", reclama.
Ainda de acordo com Luiza
Erundina, as entidades que compõem a
Comissão Nacional Pró-Conferência
precisam se mobilizar urgentemente para
fazer pressão junto ao governo federal e
a parlamentares que defendem a
Conferência para reivindicar mudanças.
"A sociedade civil não pode se calar.
Tem que fazer pressão para conseguir
reverter esse quadro. Essa é uma decisão
política e, portanto, deve-se tentar
mudar o quanto antes", defende.
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