• gt comunicacion fsm2021 insumo4

last modified March 7, 2021 by facilitfsm


Centralizado na facilitação, disperso na realização
Rita ( ara reunion GTcom 23 fevrero)

As muitas comunicações do FSM

  • A decisão resultante dos diálogos ampliados convocados pelo CI em 2020, de realizar uma edição virtual do FSM em janeiro de 2021, exigiu do Grupo Facilitador trabalhar em diferentes frentes de comunicação.
  • Seria o primeiro evento, nos moldes de uma edição mundial do FSM, ao mesmo tempo centralizado na organização porém disperso na internet -  teoricamente voltada para a descentralização e interação autônoma entre participantes.
  • O FSM já teve uma edição totalmente virtual, criando ferramentas próprias para permitir essa interação, no Dia Mundial de Ação e Mobilização Global em 26 de janeiro de 2008, quando 500 atividades autogestionadas foram realizadas em torno do planeta e publicadas pelas próprias organizações em um único dia (ampliado pela relação das regiões com os fusos horários).
  • Porém, desta vez, o FSM organizou sua edição através de um grupo facilitador central, aos quais se reportavam grupos facilitadores de espaços temáticos definidos de forma centralizada e criação de uma agenda de debates centrais, nos moldes de um seminário.
  • Além dos espaços temáticos articulados por integrantes do Grupo Facilitador, o FSM Virtual foi concebido para conter uma cerimônia e marcha de abertura e outra de encerramento, como num evento tradicional presencial. Além disso, deveria conter um encontro de “iniciativas” em que as organizações pudessem indicar seus processos continuados durante o ano de 2021, além de um calendário de ações.
  • Simultânea à organização centralizada, o FSM foi também foi uma convocatória aberta à construção inteiramente autônoma de atividades e formatos  por parte das organizações, às quais caberia escolher como, onde e com qual plataforma e com quem promover suas atividades, convergindo apenas com suas agendas para um programa comum que deveria ser ao mesmo tempo lugar de acesso a esses eventos dispersos.
  • O FSM precisou ser capaz de comunicar-se com essas organizações para que tomassem a iniciativa de organizar seus próprios eventos contando com o FSM apenas para fazê-los constar em um site de inscrições. 
  • Simbolicamente, o ato de inscrever foi determinante para dar ao FSM disperso uma imagem de conjunto.

 

Narrativa e identidade

  • A edição do FSM 2021 Virtual nasceu de alguns fatores determinantes 1) Os debates ampliados convocados pelo CI em janeiro de 2020, colocando em questão a própria capacidade convocatória do FSM junto a redes internacionais 2) A gravidade da pandemia que deixou em carne viva as desigualdades sociais exigindo reações da sociedade  e pressões sobre os governos 3) A expectativa existente até o início do ano de 2019 de uma edição centralizada dos 20 anos do FSM no México com debates e providências em curso.4) O isolamento social que transportou as relações cotidianas e quase todas as esferas para o ambiente virtual.
  • Destes fatores, no entanto, a narrativa que mais se destacou sobre a edição foi o fato de ocorrer na virtualidade e  da própria confirmação da vitalidade como processo significativos para as lutas sociais as lutas sociais e seus debates.
  • Embora seja da natureza do FSM reunir uma diversidade de temas e articulações independentes, sem hierarquias, a comunicação se ressentiu da dificuldade em estabelecer narrativas comuns, como um simples slogan para demarcar o papel do FSM, ou mesmo a ressignificação do seu slogan tradicional - Um outro mundo é possível -, em relação à conjuntura afetada pela pandemia.
  • O FSM Virtual se traduziu como um processo auto referente, coletivo, com debates fundamentais - em relatos que cabem aos Espaços Temáticos.. Mas sua inserção na realidade pandêmica 2021 não se traduziu em chamadas, slogans, ou mensagem comum sobre o evento em si, nem mesmo esteve evidente na transversalidade do assunto prevista para os debates.

 

A solução gráfica

  • A noção de conjunto que era necessário assegurar ao FSM exigiu soluções gráficas de última hora, como uma logomarca produzida por um designer ativo na história do FSM, e a apropriação do trabalho de design elaborado no México para o site e identidade visual construídos inicialmente para um fórum presencial no próprio México.
  • Sendo um evento sem materiais de fixação de identidade visual  no evento (como faixas, banners, bolsas, crachás dos eventos presenciais) nem tempo suficiente para naturalizar a imagem do FSM virtual na internet,  foi preciso fazer um esforço junto a grupos facilitadores e organizações com atividades que utilizassem nas suas atividades de divulgação virtual os padrões gerados pela comunicação.  Um trabalho intensivo de desenho de cards nesse padrão precisou ser feito para apoio aos grupos e ação nas redes sociais.

Conexões necessárias


  • Cada um dos formatos constantes da arquitetura do evento virtual  implicou em escolhas tecnológicas diferentes, que precisaram ser articuladas, mesmo que desenhadas com lógicas diferentes, em especial para amarrar as plataformas de conteúdos gestionadas por diferentes grupos e pessoas, a saber:
    • 1)    Um sistema de inscrições de pessoas, organizações, atividades e iniciativas de modo inter relacionado, e indexações de conteúdos por Eixos, Datas, Espaços Temáticos desenvolvido a partir de um sistema de Gerenciamento CRM, em software livre, que já havia sido utilizado em menor escala no FSM Economias Transformadoras. Foi redesenhado para o FSM Virtual, em função das funcionalidades exigidas.
    • 2)    Um site para divulgação do FSM, que vinha sendo organizado na lógica da construção de um fórum presencial e processual e precisou ser reformulado para corresponder ao FSM virtual e permitir a exibição simultânea de sequências de vídeos e streaming de origens às mais diversas, entre outras funções que teve no FSM.
    • 3)    Uma instalação peertube, para acolhida, organização e transmissão de vídeos para a Marcha de Abertura e transmissão dos debate 
  • Internamente às plataformas foi preciso atender a outras necessidades da comunicação, com o desenvolvimento de formulários em quatro idiomas para: Imprensa, Voluntários, Calendário de Ações. Também foram criados canais de comunicação direta com públicos de cada espaço temático, porém não aproveitados pela dificuldade de engajamento entre os Grupos Facilitadores dos Espaços Temáticos e os sistemas disponibilizados pela comunicação.

 

Relação com o público externo

 

  • Cada Espaço Temático foi, intuitiva ou deliberadamente, um agente de comunicação do FSM, embora com pouco tempo para ações articuladas com o próprio GT. As demandas por ajuda aos próprios participantes dos Grupos Facilitadores também foram intensas, gerando uma amostra das dificuldades dos participantes do FSM de modo geral.
  • Para apoio a essas demandas, foi importante geral em pouco tempo informação auxiliar sobre os diferentes tipos de atividades, modos de participação, organização do programa, onde encontrar o que,  levando à criação de 1) FAQs para perguntas frequentes 2)Micro textos orientadores em determinados campos dos formulários 3) Guia do Participante com todas as informações disponíveis em menos de um mês antes do FSM 4) Avisos e chamados nas redes sociais 5) Um Quisco de Informações permanentes durante o FSM.
  • Também houve esforço em articular as páginas de rede social criadas para o FSM com as redes sociais das organizações e pessoas participantes, voltadas a à transmissão cruzada dos vídeos produzidos durante o FSM.

 

Ferramentas corporativas e soluções livres

  • O GT de Comunicação é particularmente caracterizado pela presença de ativistas do setor, o que inclui constante discussão sobre tecnologias, software livre e internet.  Para o FSM Virtual foi inevitável considerar que a maioria dos participantes está habituada ao uso das plataformas corporativas, especialmente o zoom para teleconferências, e as redes sociais mais conhecidas.
  • Por outro lado, há uma preocupação crescente no universo do FSM e das lutas sociais com o fato de que tais redes representam hoje estruturas de poder, processamento de dados e direcionamento de conteúdos em função de interesses determinados, sejam culturais, políticos, setoriais ou mercadológicos, especialmente naturalizando e reforçando padrões dos sistemas dominantes. Tais situações conferem poder sobre o conhecimento de remodelagem do censo comum, com usos conhecidos no ataque às democracias, produção de comportamentos coletivos e desafiam a sociedade a criar meios de resistência à usurpação de sua própria heterogeneidade.
  • Para o universo do FSM, existe uma contradição séria em defender alternativas ao domínio do mundo pelas corporações e convidar organizações, movimentos e pessoas críticas ao sistema a oferecer seus dados sensíveis, concentrados pelo próprio FSM em ações internacionais, ao livre usufruto das maiores forças corporativas do mundo.
  • O uso de ferramentas alternativas não pode ser uma imposição que afaste as pessoas de participarem do FSM por seus meios mais amigáveis. O próprio Grupo Facilitador e o Conselho Internacional fazem uso do zoom e whatsapp para suas reuniões mais críticas, organizativas ou estratégicas.
  • Porém, o GT também viu no FSM a oportunidade para passar a organizar e facilitar o acesso a ferramentas alternativas para os usos em que estas puderem ser melhor empregadas.
  • Teve início, com este FSM, a organização da Caixa de Ferramentas, agora em curso, com descrições e orientações para uso de plataformas, aplicativos e sistemas livres, especialmente as redes sociais federadas, assim como critérios e orientações para uso das ferramentas corporativas, com a máxima de usar sim, confiar não.

 

Um GT com vários sub-gts

  • O GT foi formado a partir de um primeiro grupo formado em Janeiro de 2021 em Porto Alegre, ampliado a partir da criação do Grupo Facilitador do FSM.
  • Utilizou como referências para a comunicação do FSM aprovadas juntamente com o primeiro plano de comunicação para o período até janeiro de 2021.
  • No processo de construção da comunicação da edição virtual, e dadas as inúmeras necessidades, o Grupo de Comunicação optou por trabalhar com a formação e articulação entre vários sub-grupos interdependentes:

 

  1. Tecnopolítico (plataforma, website, redes livres, instalação de redes livres, criação de formulários de participantes, organizações, atividades, iniciativas, indexação das atividades pelos espaços temáticos, , sistemas de comunicação interna e agora balanços visuais do FSM)

  1. Redes sociais (busca e integração de redes sociais de fóruns passados, alimentação regular de informes

  1. Grupo gráfico (criação de logo e de identidade visual do FSM, geração de cards e apoio à divulgação dos paineis)

    • mismo que 2 

  4.Grupo de estreaming, que deu apoio às transmissões

    • ..... 
  1. Grupo de relações com a imprensa

  1. Grupo editorial - produziu os primeiros boletins

  1. Grupo de vídeo - associado ao Grupo da Marcha - com uso do sistema peertube, que permitiu um giro de vozes pelo mundo

    •  ....
  1. Grupo de "noticias desde el foro"

9 Grupo de apoio à Agora e formatação do Calendário de Ações

10. Grupo Quiosco

    • .....;


Pessoas  (conforme autodescrições)

  • Beto  - Logomarca
  • François , plataforma Dunia, Foro mundial de medios libres,  Tecnopolitico - join.wsf2021.net
  • Pierre  Caritas internacional.  GT comunication  -Tecnopolitico - Redes - News  (+ Agora)
  • Aaron - May First, Tecnopolício wsf2021.net
  • Thiago , Alquimidia e Ciranda - Fediverso
  • Lekapo - Arquimedia - Fediverso
  • Rosy  - Ceaal - Marcha, moderações, GT Com. Edu.Cult
  • Rita  - Ciranda - tecnopolítico - GT Com. Edu.Cult
  • Tatiana , Ciranda, Instituto Hori, Convergência pelos Direitos, - tecnopolítico, GT Comunicação, redes/design, streaming / retaguarda, guia
  • Carlos , IPS, - Boletins, Prensa
  • Roberto , IPS  - Prensa
  • Antonio  -  Collettivo FocusPuller WSFTV - ARCHIVO Imagen FSM-Marcha-streaming-https://video.wsf2021.
  • Bárbara , social media, convergência pelos direitos - redes, streaming/retaguarda
  • Fabiana , Convergência pelos Direitos - guia
  • Norma , Argentina, Universidad Popular de Movimientos Sociales - traduções Com Edu Cult
  • Nelson - Imersão Latina - videos no Peertube
  • Ian  - Attac
  • Celso , Gestor de Conteúdos da Rádio Nova Cruzeiro e Presidente da Direcção da CulturFACE - Associação  Cultural Para o Desenvolvimento/Portugal
  • Ana , Assessoria e Comunicação para Movimentos e Organizações - Londres,
  • Bruno  - retaguarda streaming transmissões.
  • Víctor  - Comunicación CEAAL.
  • Paulo - Voluntario CEAAL.
  • Abir (redes sociales, grafismo, intérpretes, apoyo general)
  • Angelina  (respuestas a mails forumvirtual@wsf2021.net, quiosco de info, relaciones de prensa)
  • Océane  (responsable quiosco de info, Agora de futuros e iniciativas, respuestas a mails forumvirtual@wsf2021.net)
  • Morgane (traducciones, quiosco de info)
  • Philippe  (quiosco de info, revista de prensa Twitter FSM2021)
  • Carminda  (coordinación de equipo Katalizo, relaciones de prensa, Agora de futuros, apoyo intérpretes, apoyo general al GF)
  • Stella - Ciranda -vídeos no Peertube

O Grupo de Comunicação não contou com um orçamento próprio e atuou a partir de atividades profissionais e especializadas pro-bono e militantes.

 

O Plano de Comunicação para o futuro será apresentado na reunião do Conselho Internacional