• Communication commission discussion

Sobre Comunicação e Enlace

from rita@... on Dec 03, 2009 02:33 PM
Caros e caras integrantes da Comissão de Comunicação
Caros e caras integrantes do Grupo de Enlace

O motivo desta nossa mensagem são os recentes documentos que compõem  
uma fragmentada avaliação e atípicos encaminhamentos sobre o futuro  
imediato da Comissão de Comunicação. No último encontro do Conselho  
Internacional, em Montreal, duas instancias do CI se dedicaram a  
avaliações, auto-avaliações, e propostas sobre papéis a cumprir.

Uma delas foi a Comissão de Comunicação que, tomada pelos  
questionamentos de novos - e velhos também - participantes sobre sua  
dinâmica e modo de fazê-la condizente com "um outro mundo, e uma outra  
comunicação possíveis", optou por compartilhar a natureza do seu  
debate interno com o conjunto do CI em plenária, em lugar de  
apresentar um plano que, após meses de trabalho, estava mais ou menos  
delineado. Era um pedido de apoio, um convite à participação.

Outra instância foi o Grupo de Enlace que, à parte de suas pautas  
internas, e motivada pela atitude da Comissão de Comunicação, optou  
por começar a avaliar as comissões do CI a partir desta.

Dois processos que tinham e têm tudo para contribuir para o  
enriquecimento das dinâmicas do FSM, com maior estímulo ao intercâmbio  
entre CI e Com Com,  acabaram produzindo encaminhamentos não  
condizentes com a grandeza da oportunidade.

No caso da Comissão de Comunicação, é preciso primeiro ressaltar a  
generosidade de todos e todas em seguir tocando por conta própria  
projetos que mereciam o apoio inquestionável, inclusive material, do  
CI, e ressaltar também a opção por postergar acordos sobre a  
destinação de recursos até que os projetos e ações que interessam ao  
FSM, e nao a seus autores/as, estejam inequivocadamente definidos.

Uma vez que os prazos pressionam o proprio CI por decisões, as  
sugestões de como empregar os recursos da comunicação acabaram sendo  
confiadas a representantes dessa comissão junto à comissão de  
recursos, para que as fizessem com base em diferentes planos,propostas  
e projetos orçados ou estimados.

Essas soluções ficaram, até o momento, restritas a esse circuito e não  
foram compartilhadas de volta com o conjunto da comissão, até hoje,  
cremos mesmo que por falta de oportunidade nas pautas semanais da  
comunicação, que tem priorizado outras demandas, e também  naturais  
dificuldades entre nós sobre o que priorizar em relação aos recursos.  
É fato que, conjuntamente, não conseguimos ir além de alguns critérios  
sobre como empregá-los.

Esses critérios são basicamente: não remunerar pessoas, mas sim  
atividades prioritárias. Não pagar por conteúdos, mas sim ações  
organizativas de coberturas e difusão de informações. Não intervir na  
autonomia do escritório, mas sim construir espaços e dinâmicas de  
apoio quanto a conteúdos, conceitos e ferramentas tecnológicas a serem  
empregadas, indicação de possíveis projetos e executores.

Da parte do Grupo de Enlace, acreditamos que houve uma dose elevada de  
entusiasmo quanto à possibilidade de contribuir para adequar a  
comissão de comunicação ao modo de funcionamento das demais.  
Impossível. Trata-se de uma comissão cuja missão prioritária é   
viabilizar politicamente os processos comunicativos que emergem do FSM  
e dos movimentos sociais, mas sobre a qual a principal cobrança é o  
serviço comunicativo que acredita-se, deva prestar ao FSM.  Uma coisa  
e outra exigem ferramentas e recursos.

O Grupo de Enlace, para o qual todas as portas da Comissão de  
Comunicação estavam abertas, optou por um relato distanciado e  
desprovido de sintonia com o convite que lhe estava sendo feito.  Tal  
incompreensão não se expressa tanto na carta do Grupo de Enlace, mas  
em um relato de sua reunião em Montreal cujo conteúdo já estava  
superado antes mesmo que fosse redigido, pela própria dinâmica das  
relações e diálogos entre participantes de uma e outra instância. Já  
estava suficientemente claro que a Comissão de Comunicação demanda  
apoio e participação nas suas decisões, mas que não aceitaria qualquer  
tipo de intervenção, como a que expressa o referido relato. Publicar  
esse texto como documento do CI no site do FSM é algo que não se  
explica, ou a explicação está além do nosso entendimento.

Acreditamos que o momento é rico e inadiável para que tanto Grupo de  
Enlace quanto a Comissão se auto-avaliem e sejam avaliados no modo  
como atuam.
É o momento de darmos um passo adiante. O que nenhuma das duas  
instâncias pode se permitir é que construções de comunicação que são  
parte da própria história do FSM, que prosseguem no esforço outrora  
inimaginável de compartilhar ações entre si, independentemente das  
suas diferenças de toda natureza, sejam percebidas apenas como  
atividades de algum departamento passíveis de suspensão.

Há coisas no FSM que são processo.
Há coisas no FSM que não se pode suspender.

Rita Freire, de Ciranda, e Maria Pía, de Amarc
Integrantes da Comissão de Comunicação do Conselho Internacional do FSM
(seguirá para o CI após traduzida)

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